As fotos e a memória

Finalmente assisti ao filme Still Alice (Para Sempre Alice, no Brasil) que trata do Mal de Alzheimer. Gostei do ponto de visa, que explorou a progressão da doença sem apelar à fase mais decadente. Quando se fala em Alzheimer logo se pensa na pessoa quando não se lembra de mais nada. Não fazemos ideia do quanto deve ser difícil para as pessoas começar a ter falhas no acesso de tanta informação que guardamos.

Também gostei pelo fato de ter reforçado a importância do apoio familiar e dos recursos que temos disponíveis para que possamos nos identificar. Os lugares onde crescemos e onde moramos por mais tempo, as pessoas com as quais vivemos os momentos mais importantes, nossa casa, nossos objetos, nossas fotos. Sim, nossas fotos! Uma das mais impressionantes ferramentas de memória. Recontam histórias, e às vezes nos mostram detalhes tão esquecidos.

Fico muito feliz por proporcionar às pessoas as fotos que montarão a sua história. Contar em imagens esses momentos, seus sorrisos, seus cortes de cabelo engraçados, suas roupas que estarão fora de moda. Enfim, causar novas risadas ou, simplesmente, saudade.

Não sei quem fez essas fotos, mas elas quase me fazem lembrar dos sons dessa minha primeira festinha de aniversário, do burburinho, da hora do parabéns, e da voz da minha mãe me chamando.